.....................................................................Escritor clandestino é quem navega neste mar literário
...................................................................................sem se preocupar com o itinerário.
.......................................................................................A.J. Cardiais
Nascente de Amor - A.J. Cardiais
Não esperava tanto amor...
Não esperava. Agora
em mim há uma nascente,
que não para de jorrar.
E quando tento barrar,
causa enchente,
transborda...
Então começo a chorar...
Você, com seu amor,
fez renascer minha fonte,
meu minadouro.
E quem só via água
quando chovia,
agora banha-se de alegria.
A.J. Cardiais
07.10.2005
O Beijo - A.J. Cardiais
Gosto muito de beijo.
Mas só gosto de beijar
quem eu sinto algo.
Pode ser só um desejo.
O beijo para mim é sagrado.
Não é para sair beijando
à torto e à direito...
O beijo tem que ter algo mais.
Tem que nos tirar do chão.
Beijar só por beijar,
não leva a nenhum lugar,
pois não embriaga o coração.
A.J. Cardiais
05.03.2012
Quem é você? - André Anlub
Quem é você?
Quem é você
Que me sacode,
Me tonteia,
Que é meu norte,
Meu sangue na veia?
Desenhou asas em minhas costas,
Fez-me voar sobre obstáculos.
É meu oráculo,
Meu preto velho.
É minha ponte,
Aos anjos fortes.
Quem é você
Que me dá sua voz,
Canta ao meu ouvido,
O som da manhã delicada?
Tema de aura renovada,
Força e esperança de viver.
Quem é você
Que entra no meu corpo,
Me faz novamente pintar o sete,
Ou talvez o oito?
(...) Que colore meus dias
E desbota de vez o medo,
Escancara o segredo
Que vai além da vida.
Quem é você?
Mas não me diga agora!
(...) Que ecoe à próxima aurora,
Pois não ter a resposta
É a porta de toda entrada;
É a chave de toda saída.
André Anlub
.
Tratamento Poético
Todos olhares e risos
me são fúteis,
depois dos teus.
A demagogia pode fazer
parte de mim,
mas a poesia também.
E em ti ter
e te ver poeticamente,
jamais escolherei a real.
Da poética sou súdito.
Da real sou homem.
Não que eu queira sonhos,
utopias e fantasias.
Eu quero é a Poesia.
A Poesia que é você, real,
em se tratando de ELA ser mulher.
A mulher que é VOCÊ, poesia,
em se tratando de VOCÊ
poesia ser.
A.J. Cardiais
17.01.1990
imagem: google
Uma Velha Ideia - A.J. Cardiais
Não
quero
só o belo
do poema...
Quero o estratagema
quero o gemido
quero o zumbido
dessa dor
no pé do ouvido
de algum senhor.
Quero a poesia estapafúrdia,
mas que traga a misericórdia;
que traga algum alento
para um ser sedento
de atenção.
Quero doar minha mão
à palavra
e lavrar com ela
uma velha idéia
para esta nova geração:
O AMOR.
A. J. Cardiais
03.01.2011
só o belo
do poema...
Quero o estratagema
quero o gemido
quero o zumbido
dessa dor
no pé do ouvido
de algum senhor.
Quero a poesia estapafúrdia,
mas que traga a misericórdia;
que traga algum alento
para um ser sedento
de atenção.
Quero doar minha mão
à palavra
e lavrar com ela
uma velha idéia
para esta nova geração:
O AMOR.
A. J. Cardiais
03.01.2011
Uma Loucura Só - A.J. Cardiais
Vejo o mundo todo recortado...
Às vezes vejo
várias fases numa só.
Como num “trailer”,
vão passando pedaços de filmes
em minha mente:
hora um mar,
hora uma montanha...
Hora um vento se assanha,
e assusta a população.
Hora o chão se abre
e engole um monte de besteiras,
que o homem leva a vida inteira
para construir...
Eu não quero nem me abrir,
por que senão vai ser
uma loucura só...
A. J. Cardiais
10.04.2011
imagem: a.j. cardiais
Um Novo Alento - A.J. Cardiais
O amor me ilumina...
Então eu grito:
haja rima!
E a minha sina
é vagar e vulgar.
Caminho lento
e o vento
me faz lembrar
um amor...
Sinto que sou vulgar
quando penso
que o amor é como o vento:
passa, cessa, mas não pode acabar....
Um novo sopro,
um novo vento,
sempre tem que existir
para amenizar o calor.
E um novo amor,
um novo alento,
para esconjurar a dor.
A.J. Cardiais
imagem: google
Poema do livro Psicografando-me
Futebol atrapalhado - Anorkinda
Futebol atrapalhado
A vida é como
bola de futebol
ora você cabeceia
e faz um gol
com a razão
outras vezes
num chutão
a gente acerta
de supetão
ora você titubeia
com o sol
na visão
outras vezes
a marcação
torce e aperta
o teu dedão
Anorkinda
.Poema do livro ESTIMA ROSA
Extra, extra! - André Anlub
Extra, extra!
(10/5/13)
É pedir muito que o pôr do sol dure um pouco mais
E que se exponham os rostos rubros e os sorrisos nobres?
Num tempo raso, que se faça um brilho nas gotas dos prantos,
Enquanto descem pelo canto do rosto, até a boca,
Com gosto salgado de solidão.
Já conhecemos essa rotina, decoramos o roteiro.
Somos atores e diretores dessa trama,
Sem ou com paixão correspondida e final feliz,
Ao som, ou não, do mais belo fundo musical.
Queremos somente que nunca deixe de acontecer
Pois amamos esse fardo.
É aquela corrida contra nós mesmos,
Revelando nosso íntimo nas primeiras páginas dos jornais da vida.
Extra, extra!
Somos como cães vagabundos
Cambaleando pelas alamedas de sonhos,
Atrás de mais um prato de comida,
Do calor e da proteção da chuva.
(atrás do mais sincero tesouro)
E nesse minuto, o tempo se foi e o sol se pôs.
Agora vou-me no breu do desconhecido,
No medo de esquecer o que é medo
E não mais poder fazer parte de tudo isso.
André Anlub
.
.
Lágrimas - A.J. Cardiais
Quando você foi embora,
fiquei com uma canção
e um aperto no coração.
Ainda bem que sendo poeta,
me desabei em rimas
e não no chão.
Quando você foi embora,
engoli soluços secos,
mas não molhei meu rosto.
Lágrimas vêm e vão...
É como uma nascente
dentro da gente,
que não escolhe o momento
para jorrar:
se de alegria ou de tristeza.
A.J. Cardiais
19.05.1990
imagem: google
Poema do livro Navegante Neutro
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