.....................................................................Escritor clandestino é quem navega neste mar literário
...................................................................................sem se preocupar com o itinerário.

.......................................................................................A.J. Cardiais

Dragões da Poluição - A.J. Cardiais













O poeta quer mostrar serviço...
O poeta quer mudar o planeta.
O poeta quer voltar ao início:
no tempo do “boi da cara preta”.

Não adiantou avançar,
sem se conscientizar...
Não adiantou descobrir
que o azul do céu é o ar...

Não adiantou tanto invento,
sem tomar as devidas precauções...
Agora chegou o momento
de lutar contra os dragões.

Eles estão nos destruindo,
eles estão nos sufocando,
eles estão nos engolindo...

Tem gente não acreditando
e continua poluindo...
E o dragão se alimentando.

A.J. Cardiais
09.08.2011
imagem: google

Futuro e Presente


O futuro é uma série de fatos
não acontecidos:
é a esquina que você não dobrou;
o passeio que não deu,
o carro que não comprou...
É o patamar que você
ainda não conquistou;
a promoção que você
ainda não ganhou,
a compra da casa
que você sempre sonhou...
O futuro são reticências
do não acontecido.
Quando acontece,
não é mais futuro:
é presente.

A.J. Cardiais
imagem: google

Reciclar é o Verbo - A.J. Cardiais














... E no princípio era o verbo.
Os homens não entenderam 
o verbo que lhes deu vida.
Os homens não souberam
reciclar o verbo amar.

Os homens não souberam
amar a tudo que o verbo deixou.
Progrediu, enlameou...
Patrocinou o caos,
em busca de uma evolução.
Revolução é buscar o passado.

No tempo dos chás de ervas
e dos amores difíceis,
podia parecer que era mal,
mas estava tudo bem.

A.J. Cardiais
16.03.2009

Tempo de ser Poeticamente Correto - André Anlub






Tempo de ser Poeticamente Coreto


Lá estavam eles no centro da praça,
Aproveitando a reforma do coreto.

Pintado com belo azul turquesa,
Imponente beleza, de madeira de peroba.

O poeta recitava tão doce e bela obra...
Um soneto de Florbela das estirpes de outrora.

De tanto encanto e sonoridade,
Alcançou sensíveis ouvidos,
Buliu mil verves afora.

Surgiram os novos poetas
Com composições próprias,
Dando mais vida ao feitiço,
Vivenciando o agora.

Eram novos Marias e Joãos
Zés, Fernando e pessoas...

Envernizando o coreto,
Abrilhantando a alma.


André Anlub




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Isto é Poesia? A.J. Cardiais


















Hoje acordei irado...
Tô usando o mais novo
significado da palavra.

Acordei inspirado...
Para mim, é o termo 
mais adequado.

O sol ainda não bateu
no meu telhado.
Se estivesse batendo,
agora eu estaria suado.

Ao meio-dia,
faz um calor retado...
Você deve estar indignado
e se perguntando:
Isso é poesia?
Os Teóricos responderão:
não, isso é uma porcaria!

A.J. Cardiais
imagem: google

Poema do livro Isto É Poesia?