.....................................................................Escritor clandestino é quem navega neste mar literário
...................................................................................sem se preocupar com o itinerário.

.......................................................................................A.J. Cardiais

Autonomia - A.J. Cardiais















Aqui está meu poema.
Que pena...
Cheio de rimas pobres,
mas nobres.

Porém,
não deve nada a ninguém.
Também não tem
o nome no SPC.

Aqui está meu poema:
limpo,”cê” pode ver:

Nada pra você ler,
nada para ensinar,
nada para aprender...
Tudo, para criticar...

A.J. Cardiais
08.04.2009
imagem: google

Nascente de Amor - A.J. Cardiais














Não esperava tanto amor...
Não esperava. Agora
em mim há uma nascente,
que não para de jorrar.

E quando tento barrar,
causa enchente,
transborda...
Então começo a chorar...

Você, com seu amor,
fez renascer minha fonte,
meu minadouro.

E quem só via água
quando chovia,
agora banha-se de alegria.

A.J. Cardiais
07.10.2005
imagem: google
Do livro Poeminhas Açucarados

O Beijo - A.J. Cardiais















Gosto muito de beijo.
Mas só gosto de beijar
quem eu sinto algo.
Pode ser só um desejo.

O beijo para mim é sagrado.
Não é para sair beijando
à torto e à direito...

O beijo tem que ter algo mais.
Tem que nos tirar do chão.

Beijar só por beijar,
não leva a nenhum lugar,
pois não embriaga o coração.

A.J. Cardiais
05.03.2012
imagem: google
Poema do livro Liberdade das Ideias

Quem é você? - André Anlub








Quem é você?


Quem é você
Que me sacode,
Me tonteia,
Que é meu norte,
Meu sangue na veia?

Desenhou asas em minhas costas,
Fez-me voar sobre obstáculos.

É meu oráculo,
Meu preto velho.

É minha ponte,
Aos anjos fortes.

Quem é você
Que me dá sua voz,
Canta ao meu ouvido,
O som da manhã delicada?

Tema de aura renovada,
Força e esperança de viver.

Quem é você
Que entra no meu corpo,
Me faz novamente pintar o sete,
Ou talvez o oito?

(...) Que colore meus dias
E desbota de vez o medo,
Escancara o segredo
Que vai além da vida.

Quem é você?
Mas não me diga agora!

(...) Que ecoe à próxima aurora,
Pois não ter a resposta
É a porta de toda entrada;
É a chave de toda saída.


André Anlub



.


Apelando à Recordação - A.J. Cardiais













Ela me viciou
com seu beijo devorador,
com seus carinhos
com seu amor
com sua atenção...

E agora,
para suprir a carência,
apelo com urgência
para a recordação.

A.J. Cardiais
28.01.2011
imagem: google



Tratamento Poético













Todos olhares e risos
me são fúteis,
depois dos teus.

A demagogia pode fazer
parte de mim,
mas a poesia também.

E em ti ter
e te ver poeticamente,
jamais escolherei a real.

Da poética sou súdito.
Da real sou homem.
Não que eu queira sonhos,
utopias e fantasias.

Eu quero é a Poesia.
A Poesia que é você, real,
em se tratando de ELA ser mulher.

A mulher que é VOCÊ, poesia,
em se tratando de VOCÊ
poesia ser.

A.J. Cardiais
17.01.1990
imagem: google

Sonho Para Uma Morena - A.J. Cardiais














O meu sonho era para
uma morena
franzina, pequena,
uma etc de beleza.

O meu sonho era,
como tantos quantos,
para uma cena de amor.

Veja meu senhor:
neste embalo
eu entro e saio.
Mas a saia não sobe...

Na verdade o meu sonho
era um só:
dormir com ela.


A.J. Cardiais
23.06.1990
imagem: google

Uma Velha Ideia - A.J. Cardiais



















Não quero
só o belo
do poema...

Quero o estratagema
quero o gemido
quero o zumbido
dessa dor
no pé do ouvido
de algum senhor.

Quero a poesia estapafúrdia,
mas que traga a misericórdia;
que traga algum alento
para um ser sedento
de atenção.

Quero doar minha mão
à palavra
e lavrar com ela
uma velha idéia
para esta nova geração:
O AMOR.
 


A. J. Cardiais
03.01.2011

Uma Loucura Só - A.J. Cardiais















Vejo o mundo todo recortado...
Às vezes vejo
várias fases numa só.

Como num “trailer”,
vão passando pedaços de filmes
em minha mente:
hora um mar,
hora uma montanha...

Hora um vento se assanha,
e assusta a população.
Hora o chão se abre
e engole um monte de besteiras,
que o homem leva a vida inteira
para construir...

Eu não quero nem me abrir,
por que senão vai ser
uma loucura só...

A. J. Cardiais
10.04.2011
imagem: a.j. cardiais

Um Novo Alento - A.J. Cardiais














O amor me ilumina...
Então eu grito:
haja rima!
E a minha sina
é vagar e vulgar.

Caminho lento
e o vento
me faz lembrar
um amor...

Sinto que sou vulgar
quando penso
que o amor é como o vento:
passa, cessa, mas não pode acabar....

Um novo sopro,
um novo vento,
sempre tem que existir
para amenizar o calor.

E um novo amor,
um novo alento,
para esconjurar a dor.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poema do livro Psicografando-me

Futebol atrapalhado - Anorkinda


Futebol atrapalhado

A vida é como
bola de futebol

ora você cabeceia
e faz um gol
com a razão

outras vezes
num chutão
a gente acerta
de supetão

ora você titubeia
com o sol
na visão

outras vezes
a marcação
torce e aperta
o teu dedão

Anorkinda

.Poema do livro ESTIMA ROSA

Extra, extra! - André Anlub


Extra, extra!
(10/5/13)

É pedir muito que o pôr do sol dure um pouco mais
E que se exponham os rostos rubros e os sorrisos nobres?

Num tempo raso, que se faça um brilho nas gotas dos prantos,
Enquanto descem pelo canto do rosto, até a boca,
Com gosto salgado de solidão.

Já conhecemos essa rotina, decoramos o roteiro.
Somos atores e diretores dessa trama,
Sem ou com paixão correspondida e final feliz,
Ao som, ou não, do mais belo fundo musical.

Queremos somente que nunca deixe de acontecer
Pois amamos esse fardo.
É aquela corrida contra nós mesmos,
Revelando nosso íntimo nas primeiras páginas dos jornais da vida.

Extra, extra!

Somos como cães vagabundos
Cambaleando pelas alamedas de sonhos,
Atrás de mais um prato de comida,
Do calor e da proteção da chuva. 
(atrás do mais sincero tesouro)

E nesse minuto, o tempo se foi e o sol se pôs.
Agora vou-me no breu do desconhecido,
No medo de esquecer o que é medo
E não mais poder fazer parte de tudo isso.

André Anlub

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Lágrimas - A.J. Cardiais
















Quando você foi embora,
fiquei com uma canção
e um aperto no coração.

Ainda bem que sendo poeta,
me desabei em rimas
e não no chão.

Quando você foi embora,
engoli soluços secos,
mas não molhei meu rosto.

Lágrimas vêm e vão...
É como uma nascente
dentro da gente,
que não escolhe o momento
para jorrar:
se de alegria ou de tristeza.

A.J. Cardiais
19.05.1990
imagem: google
Poema do livro Navegante Neutro