Quem é você?
Quem é você
Que me sacode,
Me tonteia,
Que é meu norte,
Meu sangue na veia?
Desenhou asas em minhas costas,
Fez-me voar sobre obstáculos.
É meu oráculo,
Meu preto velho.
É minha ponte,
Aos anjos fortes.
Quem é você
Que me dá sua voz,
Canta ao meu ouvido,
O som da manhã delicada?
Tema de aura renovada,
Força e esperança de viver.
Quem é você
Que entra no meu corpo,
Me faz novamente pintar o sete,
Ou talvez o oito?
(...) Que colore meus dias
E desbota de vez o medo,
Escancara o segredo
Que vai além da vida.
Quem é você?
Mas não me diga agora!
(...) Que ecoe à próxima aurora,
Pois não ter a resposta
É a porta de toda entrada;
É a chave de toda saída.
André Anlub
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